quinta-feira, 17 de abril de 2008

A Guitarra

Adoro guitarras.
Mais do que tocar, gosto de as observar, agarrar, passar as mãos pelas cordas e superfície.
Têm o tal não-sei-quê que simplesmente não encontro noutro instrumento.
Mas não me considero um verdadeiro guitarrista.
Não sou capaz de passar horas e horas a aperfeiçoar técnicas que provavelmente estariam descontextualizadas à minha realidade musical.
Aperfeiçoo de acordo com a minha necessidade.
Poderão perguntar-me "para quê tantas guitarras, ainda por cima semelhantes?"
Considero cada guitarra como uma entidade única, e como tal, demonstro o devido respeito.
Sinto maior afinidade com alguns modelos, essencialmente os mais básicos possíveis, contudo com uma grande história por trás. Quem me conhece, sabe que sou um aficcionado do modelo Telecaster.
Comecei a sentir uma enorme afinidade por este modelo desde que em 1997 ouvi pela primeira vez o álbum Grace do saudoso Jeff Buckley.






Vivíamos uma época em que se exigiam guitarras multifacetadas, mais aproximadas a um sistema multi-usos do que a um instrumento com carácter próprio (para muitos, a Telecaster foi, é e será sempre uma guitarra ritmo). Garanto que esta é uma das principais razões para a minha admiração por este modelo, e claro, recomendo para que ouçam com muita atenção o álbum (se é que ainda não o ouviram...). Acho que já seria altura de a marca da guitarra lhe construir um modelo em homenagem, ou será que não o consideram como um grande promotor da sua marca? Ou será que não o consideram como um verdadeiro guitar-hero? Na minha opinião, reúne todas as condições a nível de distinção sonora para lhe ser garantido este tributo, pouco me interessa se concordam comigo ou não.
Durante anos, fui ganhando interesse em perceber todos os componentes e funcionalidades que constituem uma guitarra, ao ponto de me decidir deitar mãos à obra e construir um instrumento que conseguisse reflectir o meu estado de espírito.
Não, não sou nenhum luthier. Sou mais um simples curioso que vai investindo algum do seu tempo para agarrar em peças soltas e, com berbequim, chave de parafusos, ferro de soldar, e um pouco de paciência, tenta recriar a guitarra que já existe no seu pensamento.
Aconselho a experiência a quem pode ter receio. Eu também tive.
Hoje em dia só toco em guitarras que montei ou que simplesmente alterei.

sábado, 5 de abril de 2008


Today I'm feeling it again...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

In my secret life

Após semanas e semanas a fio nas quais o branco tinha sido substituído por um cor-de-rosa chuvoso no meu mundo informático, fico contente pelo regresso do meu laptop. É novamente um prazer reencontrar-me com o conforto e a liberdade que me vai permitindo. Enquanto escrevia este breve texto, na televisão passava esta canção, que tantas e tantas vezes ouvi no silêncio do meu quarto, e que o tempo e a adaptação a uma nova vida quase me fez esquecer:





Profundo... muito profundo...