quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Deolinda

Esporadicamente, tenho ouvido o tema na rádio, e consegue aquela proeza de ficar no ouvido, e acabo por dar comigo a repetir "fon fon fon", mesmo sem conhecer o raio da letra. Um momento simples e alegre.


Deolinda - Fon Fon Fon

Olha a banda filarmónica,

a tocar na minha rua.
Vai na banda o meu amor
a soprar na sua tuba.
Ele já tocou trombone,
clarinete e ferrinhos,
só lhe falta o meu nome
suspirado aos meus ouvidos.

Toda a gente - fon-fon-fon -
só desdizem o que eu digo:
“...Que a tuba - fon-fon-fon -
tem tão pouco romantismo...”
Mas ele toca - fon-fon-fon -
e o meu coração rendido
só responde - fon-fon-fon -
com ternura e carinho.

Os meus pais já me disseram:
“Ó Filha, não sejas louca!
As Variações de Goldberg
p’lo Glenn Gould é que são boas!”
Mas a música erudita
não faz grande efeito em mim:
do CCB, gosto da vista;
da Gulbenkian, o jardim.

Toda a gente - fon-fon-fon -
só desdizem o que eu digo:
“... Que a tuba - fon-fon-fon -
tem tão pouco romantismo...”
Mas ele toca - fon-fon-fon -
e cá dentro soam sinos!
No meu peito - fon-fon-fon -
a tuba é que me dá ritmo.

Gozam as minhas amigas
com o meu gosto musical
que a cena é “electroacústica”
e a moda a “experimental”...
E nem me falem do rock,
dos samplers e discotecas,
não entendo o hip-hop,
e o que é top é uma seca!

Toda a gente - fon-fon-fon -
só desdizem o que eu digo:
“... Que a tuba - fon-fon-fon -
tem tão pouco romantismo...”
Mas ele toca - fon-fon-fon -
e, às vezes, não me domino.
Mando todos - fon-fon-fon -
que ele vai é ficar comigo!

Mas ele só toca a tuba
e quando a tuba não toca,
dizem que ele continua;
que em vez de beijar, ele sopra...

Toda a gente - fon-fon-fon -
só desdizem o que eu digo:
“... Que a tuba - fon-fon-fon -
tem tão pouco romantismo...”
Mas ele toca - fon-fon-fon -
e é a fanfarra que eu sigo.
Se o amor é fón fón fón
que se lixe o romantismo!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Tenho recordações de criança, num verão quente, numa praia da Arrábida, e de ouvir esta música soar através de colunas de som espalhadas ao longo da linha da praia, criando um eco que quase parecia natural. Lembro-me também de estar com um sorriso idiota na cara, a tentar reproduzir o que ouvia, embora na altura não fizesse a mínima ideia do que Bryan Ferry estava para ali a dizer, simplesmente gostava do que estava a ouvir.




Sempre que volto a ouvir esta música, transporto-me no tempo para aquele momento em que era pequeno, num verão quente, numa praia da Arrábida ouvir através de colunas de som espalhadas ao longo da linha da praia, e continuo com um sorriso idiota na cara.

Open Source

Longe de ser um cromo informático, tenho vindo a conhecer e utilizar cada vez mais programas de código de fonte aberto, que supostamente permitem a qualquer utilizador efectuar as alterações de modo a melhorar o mesmo (diga-se que este não é o meu caso pois não faz parte do meu domínio).
A minha primeira descoberta foi a utilização do Firefox. Por muito que pudesse estar habituado à famosa contrapartida, muito rapidamente me adaptei a este, ganhando em pormenores criados a pensar no utilizador. Dira mesmo que não foi necessária qualquer adaptação ao mesmo. Despertada a curiosidade, acabei tambem por abraçar o Thunderbird, um gestor de contas de e-mail. Hoje em dia não passo sem estes dois.
Mais tarde, descobri o OpenOffice, nova surpresa. Neste momento caminha para a 3ª geração, que possibilitará, entre outras coisas, a edição de documentos em formato PDF. Rapidamente me converti a esta ferramenta de trabalho.

Nos últimos tempos, tenho vindo lentamente a descobrir o Linux, sendo que o grande problema foi seleccionar uma das ofertas que se encontram na internet para download (diria mesmo que há demasiadas opções, razão possivel para que grande parte dos candidatos a utilizador se assustem e recuem). Acabei por seleccionar uma variante do Ubuntu, denominada Ubuntu Studio, orientada para a edição de imagem, som e vídeo. Tal como qualquer outra oferta de Linux, todo o ambiente de trabalho e respectiva apresentação são editáveis, dependendo da necessidade do utilizador, servindo para todos os gostos (desde o mais básico ambiente de trabalho, até aos efeitos visuais de encerramento/abertura de janelas, rotação 3D do ambiente, etc, etc... etc... e etc...). Para cada tipo de aplicação costuma ter pelo menos duas variantes de qualidade muito semelhante, sendo possível a sua instalação apenas com alguns cliques.
A grande falha, dirão alguns, será a nível da possibilidade de instalar alguns jogos. No entanto, e através de um programa denominado Wine, esta falha vai sendo gradualmente encerrada, devido a uma comunidade crescente de utilizadores que vão demonstrando progressos na instalação e utilização de software nativo de Windows em ambiente Linux.

Penso que a melhor maneira de experimentar Linux, sobretudo para os mais cépticos, seja instalá-lo num PC tecnologicamente ultrapassado, e o resto vem com o tempo, visto que a resposta para a maior parte dos problemas de adaptação que possam aparecer provavelmente já têm solução. É uma questão de fazer uma breve pesquisa na Internet.

Lentamente vou aprendendo a utilizar este sistema operativo, que me parece totalmente centrado no utilizador.